segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O Rancho Santa Mônica receberá mais de 600 crianças nas férias de verão 2018

Com 38 anos de tradição e sucesso absoluto, o Rancho Santa Mônica receberá mais de 600 crianças nas férias de verão 2018. Com opções variadas de estadias, as inscrições já estão abertas para cinco temporadas: de 03 a 07 de janeiro, de 07 a 14 de janeiro, de 14 a 21 de janeiro, de 21 a 28 de janeiro e no carnaval, de 09 a 17 de fevereiro.
Os Rancheiros são acomodados em chalés divididos por sexo e idade, com monitores treinados, enfermeira 24 horas, e 4 refeições diárias, com uma alimentação saudável feita por uma nutricionista específica para paladar infantil, com cardápios propícios para experimentação, sem refrigerantes e conservantes. 
Além disso, eles participam de atividades divertidas, com jogos e brincadeiras em grupos, em uma estrutura com quadra de esporte, piscina, cachoeira, salão de jogos, palco para apresentações, tudo isso em um espaço de 2 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica, no meio do Parque dos Três Picos, em Cachoeiras de Macacu. A coordenadora do Rancho Santa Mônica, Joyce Rodrigues, confirmou muitas atividades diferentes nas férias de verão 2018. "Apesar de 38 anos de tradição, buscamos inovar sempre, e desta vez não será diferente. Só não posso falar agora porque é surpresa!", conta Joyce Rodrigues. Além de diversas atividades, vale ressaltar também a importância da filosofia do Rancho, voltada para a educação, sociabilização e inclusão social, sendo um ambiente ideal para fazer novas amizades, longe dos celulares e tablets. “No Rancho a criança é criança de verdade, preocupando-se apenas em se divertir nas atividades e brincadeiras propostas na colônia. Nosso objetivo é fazer com que as crianças de hoje em dia consigam ser crianças de ‘pé no chão’, brincando descalças e aprendendo que existe vida sem qualquer tipo de aparelhos e jogos eletrônicos”, afirma a coordenadora do Rancho Santa Mônica há 14 anos, Joyce Rodrigues, que ainda destaca os quatro pilares importantes da colônia:


Detox eletrônico –
 "É a parte mais impactante para algumas crianças que se acostumaram a viver conectado a todo tempo. De certa forma, para os responsáveis também, que não conseguem se desprender do contato virtual com os filhos."

Sociabilizações – "Assunto fundamental para co-relacionar ao detox eletrônico, pois sem o detox eletrônico, seria muito difícil estimular a sociabilização."

Inclusão social – "Usamos o termo “inclusão social”, mas para o Rancho é tão natural, que não enxergamos diferenças, mesmo algumas crianças precisando de uma atenção maior. Alguns responsáveis perguntam se aceitamos seus filhos com necessidades especiais… aceitamos, é claro! Nosso objetivo é que todos possam conhecer esse Mundo Mágico que é o Rancho."

Alimenta-se bem – "Existem várias formas de apresentar uma refeição boa para as crianças, e lá no Rancho, tratamos desse assunto de forma descontraída. O refeitório não é o momento só da refeição, e sim, de cantoria e alegria. Quando você fala de legumes e verduras com crianças, eles já fazem aquelas carinhas de reprovação, mas apresentamos os alimentos de uma outra forma: com a Campanha da Salada, na qual os Monitores se vestem a caráter e apresentam a importância de cada alimento de uma forma divertida."








sexta-feira, 7 de abril de 2017

Desconectados do mundo virtual

Rancho Santa Mônica prova que existe diversão longe dos celulares e tablets

O avanço tecnológico vem alterando o estilo de vida das pessoas pelo uso excessivo das redes sociais, aumentando cada vez mais as chances de isolamento do mundo real. Por isso, o uso de eletrônicos é terminantemente proibido na Colônia de Férias Rancho Santa Mônica, localizada em Cachoeiras de Macacu/ RJ. Segundo a Coordenadora Joyce Rodrigues, que trabalha nesta colônia há 14 anos, a ideia é esta mesmo: ficar desconectado do mundo lá fora, submetendo-se a uma espécie de desintoxicação das tecnologias digitais, das quais todos temos nos tornado dependentes. No Rancho ninguém usa o celular, sendo que nem para os pais a criançada pode ligar, salvo, evidentemente, por motivos importantes, como o de saúde. 

Fabiane Primo: Joyce, você começou trabalhando no Rancho como Monitora e atualmente é Coordenadora, totalizando uma experiência de 14 anos.Você acompanhou toda essa evolução de geração em geração ao longo dos anos. Qual a principal mudança no comportamento das crianças de 14 anos atrás e dos dias de hoje?
Joyce Rodrigues: As crianças de 14 anos atrás tinham um comportamento de acordo com a idade. Elas só se preocupavam em se divertir, conhecer novas brincadeiras e fazer amigos. Já as crianças de hoje em dia possuem um pensamento muito mais avançado para a idade.
Antigamente a acessibilidade não era tão comum como nos dias de hoje. Não existia diversos aplicativos que facilitam a comunicação virtual, como o WhatsApp. Antes a comunicação era através de SMS ou ligações. Mas independente da evolução tecnológica, no Rancho nunca existiu sinal de telefonia, pela sua localização. Essa condição acaba sendo uma forma de facilitar a desintoxicação eletrônica e estimular a independência, que são uma das filosofias do Rancho.

F.P: Como essas crianças chegam na colônia de férias? Afinal, são crianças com criações diferentes e que vão ter que conviver por pelo menos 5 dias , e conviver sem utilizar o celular. Eles chegam já sofrendo por essa crise de abstinência da tecnologia? E como eles saem de lá?
J.R:
Não existe crise de abstinência, existe costume. As crianças e os pais já sabem antes mesmo da inscrição que no Rancho é proibido a utilização de eletrônicos, por isso não é nenhuma novidade assustadora.
É muito prazeroso presenciar uma criança e, principalmente, um adolescente se desapegando do celular e se divertindo com outras pessoas de diversas idades. Eles saem de lá já pedindo para os pais para retornarem ao Rancho. A criança volta pra casa com outro pensamento, querendo fazer mais amigos, marcar encontros com a galera fora da colônia e mais integrada ao mundo real.

F.P: De acordo com a pesquisa do jornal O Globo, utilizar as redes sociais mais de duas horas por dia, aumenta duas vezes mais as chances de isolamento social. Diante disso, como uma criança que nunca ficou um dia sem utilizar o celular se comporta? Elas aceitam bem essa condição do Rancho Santa Mônica ou tentam quebrar a regra?
J.R:
A criança aceita super bem essa condição desde o início. O “quebrar a regra” são casos isolados que são contornados com sucesso. O contato não existe, justamente para que a independência seja estimulada, apenas em casos importantes, como o de saúde, o Rancho entra em contato com os pais imediatamente.
A comunicação existe apenas através de e-mail que os responsáveis enviam todos os dias e nós imprimimos e distribuimos para as crianças. Além disso, diariamente são postados vídeos e mais de 500 fotos no facebook do Rancho para que todos possam acompanhar as atividades realizadas.

F.P: Além da sociabilidade, o Rancho também proporciona a experiência da criança dormir fora de casa, e sem contato com o mundo externo. Qual a reação dos pais e filhos? 
J.R: A criança conquista a sua independência em alguns aspectos longe dos pais e entende a importância do convívio social longe do celular. Eles também se atentam mais aos seus pertences, ganhando mais responsabilidade.
Diariamente fazemos uma competição entre os chalés mais arrumados, com isso existe um cuidado a mais em ter uma melhor organização.
A saudade existe de ambas as partes. Com o passar dos dias os pais entendem a importância de “cortar o cordão umbilical” para a evolução da criança. Já os filhos aproveitam ao máximo para que os pais saibam que eles estão muito felizes.

F.P: Há 37 anos o Rancho Santa Mônica adota o slogan: “O Rancho é um mundo melhor”, onde a criança volta a ser criança de verdade. Qual dica você daria para que essa dependência da tecnologia não se torne ainda mais excessiva?
J.R: Por exemplo, eu tenho um filho e busco dividir os meus dias e horários para estar com ele fazendo alguma coisa juntos, assistindo um  filme, passeando no parquinho, brincando e estimulando coisas simples que qualquer pessoa pode fazer. A dica é que os pais procurem ter mais tempo para seu filho, ocupar a cabeça, brincar e não deixar a criança ou adolescente ser sugado pela tecnologia. Nos tempos de hoje, as pessoas se comunicam pelo celular dentro de casa. A tecnologia está substituindo o convívio social.
A criança é criança em qualquer lugar, só é preciso estimular uma infância com mais socialização, comunicação através da realidade com “olho no olho” e mais contato físico. Precisamos doar mais tempo das nossas vidas ao outro e, principalmente, demonstrar mais amor.

F.P: Qual é o segredo de 37 anos de sucesso do Rancho ?
J.R: Só quem já foi Rancheiro, Monitor ou da Equipe, entende a energia deste lugar. Eu nunca tive a oportunidade de ser Rancheira, mas me encantei com tudo ao que se resume o Rancho. Nós adultos, achamos que o nosso papel é apenas ensinar, mas na verdade, é uma troca de aprendizados e ensinamentos com a criança/adolescente.
Há 14 anos, eu não comemoro o aniversário da minha mãe, que é em Janeiro - época das Temporadas - e ela sempre me faz a mesma pergunta: “ O que tem no Rancho de tão especial?”, e eu não sei descrever. É um sentimento único.
Na primeira vez que eu fui como Monitora, a gestora da época – Edmea de Mello – falava que “toda criança deveria ir pelo menos uma vez ao Rancho”. A nova gestão do “Guigo” – Guilherme de Mello – deu continuidade a essa afirmação, disponibilizando pelo menos uma vez ao ano, um final de semana para que Projetos Sociais tenham a oportunidade de conhecer os nossos quatro pilares que são: a Sociabilidade, o “Detox” Eletrônico, o Alimenta-se Bem e a Inclusão Social.
Resumindo, o Rancho é a junção do lugar, com os Rancheiros, Monitores e todas as pessoas que fazem parte da Equipe RSM. Uma coisa tenho certeza:
Eu trabalho no melhor lugar do mundo!



Foto: Joyce Rodrigues